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Criadores falam sobre expectativa de lançar Dandara em todas as plataformas

“No começo, era pra ser o nosso último jogo pra telas de toque, e agora está saindo pra tudo quanto é console! O jogo já superou muito nossas expectativas iniciais, com tanta oportunidade que foi se abrindo!”. Esta empolgada frase é de João Brant, um dos programadores de Dandara junto com Lucas Mattos. Ambos são os sócios da Long Hat House, estúdio brasileiro que fica em Belo Horizonte/MG.

Dandara é mais uma prova de como o mercado de desenvolvedores brasileiros se desenvolveu nos últimos anos. “Acho que o crescimento da indústria de jogos no Brasil é inevitável! Aos poucos, pessoas que aprendem sozinhas e conseguem fazer coisas boas passam a integrar o corpo docente de faculdades e escolas, e as empresas grandes começam a ajudar novos estúdios com espaços e eventos.”, afirmou Lucas, que lembra a necessidade de conseguir incentivos para os projetos. “Claro que um apoio e até um respeito maior do governo com a indústria e com a arte aceleraria muito esse ciclo, com editais bem feitos, que conheçam a indústria independente, programas e incentivo, inclusive para atrair parcerias como a da Raw Fury! (Publisher de Dandara)”.

Toque brasileiro

Claro que ser um jogo produzido no Brasil não obriga os desenvolvedores a incluírem detalhes regionais no game. Mas em Dandara, João e Lucas fizeram questão de pelo menos colocar um tempero diferente. “Muitos dos jogos por aí se baseiam em outros jogos, que trazem muito do americano ou japonês que têm uma vivência um tanto diferente da nossa. O que acaba acontecendo é uma mesmice num espaço que o novo é muito valorizado! Então achamos que é uma oportunidade boa pra se destacar.”, afirmou João.

De acordo com a divulgação do game, ele é “inspirado em uma guerreira histórica brasileira”, e Lucas explica melhor essa influência: “No caso do Dandara, queríamos desde o começo fazer um jogo que fala de algo mais próximo da gente, mesmo que de forma abstrata. Nesse jogo, a mecânica sempre foi o carro chefe e a exploração sempre foi parte primordial dela. Pensamos que pro jogador médio, de fora do Brasil, tudo que trazemos da nossa vida e experiência, meio distante pra eles, ia parecer misterioso sem parecer necessariamente aleatório, porque têm um motivo por trás, uma história, o que fica bem mais interessante de explorar.”.

Desenvolvimento

Dandara tem um visual simples, mas a mecânica é a grande estrela do jogo. Além de desenvolver o jogo, os criadores precisam se adequar a cada nuance que as diferentes plataformas exigem. No total, foram 2 anos superando obstáculos até conseguirem publicar o jogo. João lembra: “Começamos Dandara no início de 2016, incrível que já se passaram dois anos! Antes da Raw Fury precisamos de dinheiro e tivemos que parar uns quatro meses pra um trabalho de freelance. Difícil dizer o maior obstáculo, cada etapa teve suas dificuldades. Trabalhar com uma mecânica com tão pouca referência de game e level design foi muito difícil no início. No meio do projeto tivemos a transição para diferentes formas de controle, e tivemos que refazer e revisar muitas coisas, como toda a interface ou várias questões de level design. Agora no final, sem dúvida é a quantidade de plataformas que estamos mirando. Cada plataforma com suas próprias especificações, desde coisas simples como os ícones especiais para Apple TV a questões mais complexas como os sistemas específicos de achievements, como que cada console lida com login do usuário, etc.”.

Mesmo depois do lançamento, ainda existe a expectativa para a recepção do jogo pelo público. “Nossa meta é e sempre foi fazer um bom jogo, para nós o Dandara vai ter sido sucesso se receber boas críticas, e se a as pessoas gostarem.”., conclui João.

Dandara será lançado amanhã, 06 de Fevereiro, para PC, Mac OS, Nintendo Switch, iOS e Android. Já o PlayStation 4 e Xbox One receberão o jogo em breve.

 

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