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[REVIEW] Super Bomberman R não se arrisca e marca uma volta segura para a franquia

A Konami pegou o público de surpresa no ano passado, ao anunciar que a icônica franquia Bomberman, voltaria durante a apresentação de lançamento do Nintendo Switch. Um ano depois, Super Bomberman R finalmente chegou aos demais consoles, trazendo a mais recente aventura do herói explosivo.

Super Bomberman R, que foi lançado no dia 12 de junho, traz uma releitura dos primeiros games da série: o jogador terá que enfrentar seus adversários, dentro de um cenário quadrado, se utilizando de bombas e alguns itens que o darão novos poderes, ou potencializarão suas explosões e velocidade. Excluindo os oito irmãos Bomberman, os personagens podem ter algumas habilidades próprias que podem ser utilizadas durante as partidas, trazendo vantagens, e por vezes, desvantagens quando não utilizadas no momento certo.

A familiaridade com a fórmula é ponto tanto positivo, quanto negativo para o game. Super Bomberman R não traz nenhuma novidade em relação a mecânicas ou adições ao seu gameplay. Jogando seguro, focando apenas em power ups e itens. Alguns elementos como montarias não deram as caras no jogo. Em partidas mais dinâmicas como no modo versus (que manteve o modo de até oito jogadores, como nas entradas mais recentes da franquia), essa falta de novidades não fere tanto a experiência.

Já no modo história, por conta de poucas novidades, o game se torna cansativo. A narrativa continua a mesma da maioria dos jogos da franquia: um vilão tenta dominar o universo, e espalha alguns generais em diferentes planetas. Bomberman e seus irmãos, terão que destruir todos os inimigos dos mapas e enfrentar um boss ao final de oito telas, objetivo que se torna extremamente repetitivo após dois desses planetas. Outro grande problema desse modo, é a necessidade de pagar com pontos in game por continues, caso você perca todas suas vidas antes de completar as sete fases e o boss.

Apesar dos problemas listados, o modo história ainda tem alguns pontos positivos, como por exemplo a forma que a narrativa é exposta. A história dos oito heróis é contada de maneira divertida e colorida, entregando várias cutscenes que parecem páginas de histórias em quadrinhos animadas. Outro ponto positivo, são as lutas contra os bosses, que em sua maioria focam em duas fases: uma luta normal contra um oponente que normalmente tem uma bomba especial, e uma segunda contra um inimigo gigante, onde os mapas quadriculados costumam ser totalmente abertos, dando uma liberdade que lembra os clássicos modos história dos games de Bomberman para Nintendo 64 e Gamecube.

Ainda na parte positiva, o jogo em geral traz um visual bem colorido e rico, dando bastante personalidade para cada um dos seus mapas e personagens. Falando em personagens, vários convidados de séries clássicas da Konami deram as caras em versões “Bomberman”, além de alguns convidados exclusivos para consoles, como por exemplo a dupla Ratchet e Clank no Playstation 4 e Master Chief no Xbox One. Novos personagens estão constantemente sendo adicionados para o game, como por exemplo, Raiden, Solid e Naked Snake da série Metal Gear.

Super Bomberman R marca volta da franquia para os consoles de forma segura, o que pode ser uma estratégia questionável. Por um lado, mantém completamente a essência dos games clássicos da franquia, apresentando seus modos multiplayers e competitivos sempre rápidos e frenéticos, porém, nada de novo foi adicionado à fórmula, podendo cansar rapidamente aqueles que já estão familiarizados com a série.

Super Bomberman R já está disponível para Xbox One, Playstation 4, Nintendo Switch e PC.

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